quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O céu de Francisco

Era uma vez um menino chamado Francisco que todos os dias olhava pela janela para ver as estrelas. Permanecia ali horas e horas até que o João Pestana viesse ter com ele e adormecesse.
Ficava muito triste quando o céu estava encoberto e não se conseguiam ver as estrelas.
Há muito tempo que enfiara na cabeça que numa das estrelas, a estrela Mimi, a mais brilhante de todas, existia uma casa linda, cheia de livros e luzinhas pequeninas pronta para o receber.
O seu maior problema, ... aquele que o fazia roer as unhas noite e dia, era saber como chegar até lá. Pelos seus cálculos, a estrela Mimi devia estar aí a uns 100 metros de altura. Passava-lhe muitas vezes pela cabeça a ideia de montar uma escada e ir subindo, mas depois…onde é que ele iria pousar a escada? Além do mais, ele era um miúdo pequeno, podendo-se dizer até que era um menino de pequeno “porte”, e não tinha força para pegar em tamanha escada. Depois pensava em pedir ajuda a algum piloto de helicópteros, mas quem lhe iria prestar atenção se até a sua própria família, mais especificamente a sua mãe, não acreditava no que ele dizia sobre a estrela Mimi. O que era certo é que ninguém lhe tirava aquela ideia da cabecinha.
A sua avó Paulete, a mais compreensiva e sua amiga, tinha-lhe dito que para se chegar a lugares que ninguém acreditava existirem, bastava uma coisa - a imaginação.
Como estávamos na véspera de Natal, o Francisco escreveu uma carta dirigida ao Pai Natal onde lhe pedia uma única coisa: a Imaginação.
Nesse Natal, Francisco esperou ansiosamente a chegada da meia-noite do dia de Consoada.
Ao ver as prendas já colocadas na sua chaminé, correu até elas e procurou aquela que tinha o seu nome, era enorme, embrulhada num papel azul brilhante com flocos de neve pintados, no laço trazia um bilhete que dizia assim: “Francisco, o presente que me pediste não cabe em nenhuma caixa do mundo, mas como sei que tens um gosto muito especial resolvi trazer-te este, basta colocá-lo e ires até à tua janela.”
Assim fez, abriu rapidamente a caixa e viu que nela estavam uns óculos, mas não eram uns óculos quaisquer, eram grandes, tinham uma lente azul e outra vermelha e à volta eram todos prateados. Francisco não estava a perceber nada, mesmo assim correu para a janela e colocou os óculos. Parecia um sonho, as estrelas brilhavam mais que nunca e a Mimi, estava linda, cintilante, mesmo colada ao pé do seu nariz, tão perto que através da porta da cozinha conseguia ver um dos seus gorros pousados em cima da mesa.
Francisco estava maravilhado, o seu sonho tinha sido realizado, agora sabia que sempre que quisesse podia ver a Mimi mesmo ao seu lado, bastava-lhe colocar os óculos. Nunca o céu brilhara tanto como nessa noite de consoada!
Trabalho elaborado pela Sara Lúcia Almeida Chaves (8ºA) e sua irmã Andreia Chaves.

Sem comentários: