quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Aldeia do meu coração

Naquela manhã de Outono, o sol aparecia como que envergonhado por entre os ramos do castanheiro junto à casa da dona Leonor e do senhor Alberto, avós do João. Era nesta habitação singela, de pedra, com uma grande varanda virada para o nascente que João passava todas as suas férias escolares e muitos fins-de-semana.
Neste sítio, João era muito feliz: brincava com os cães, ajudava a avó a cuidar das galinhas, dos coelhos, dos patos e dos porcos e ainda corria muito pelos prados verdejantes a brincar ao esconde – esconde.
Certa manhã, João acordou muito cedo para ir com o avô apanhar a fartura de castanhas que o castanheiro deixava cair lá do alto. O chão estava repleto de castanhas e de ouriços semi-abertos, prontos a serem britados para se extrair este fruto grandioso de Outono. O frio não impedia a apanha das castanhas e João com o seu desembaraço enchia rapidamente o balde. O senhor Alberto era o maior produtor de castanhas da região, como tal, prometera ao João fazer um magusto para os seus amigos da aldeia.
Após a apanha da castanha, o João e o avô foram à caruma ao pinhal. À tarde, os amigos do João estavam todos reunidos no quintal a organizar este evento. As crianças radiantes estavam junto à fogueira para ouvirem as castanhas a fazerem Pum! Pum! Pum! Os adultos cuidavam do magusto para que este fruto delicioso não se queimasse.
No final, depois de barriguinha cheia e de muita brincadeira cada um retomou à sua casa. João todo enfarruscado tomou um banho quente e sentou-se perto da lareira para ouvir as belas histórias da sua avó.
No dia seguinte, a tristeza estava visível na cara de João porque tinha que regressar à cidade… Partiu para o seu lugar de acolhimento com a certeza que, brevemente, voltaria a este lugar fantástico para muitas outras aventuras.
Trabalho em equipa elaborado pelo João Miguel Garcia (3.º Ano) e sua mãe Sónia Ferreira (Secretaria).

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